quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Técnico de enfermagem diz que diretoria do Sindsaúde-PB é pelega e nega filiações a novos profissionais

Técnico de enfermagem diz que diretoria do Sindsaúde-PB é pelega e nega filiações a novos profissionais
Técnico de enfermagem e um dos líderes do movimento “Negocia Sindsaúde-PB”, Jobson Farias, denunciou que existe um imenso grau de insatisfação da categoria com a atual diretoria do Sindicato, “que é pelega” e teme perder espaços, segundo ele, para outras lideranças sindicais que começam a despontar.
O movimento “Negocia Sindsaúde-PB”, de acordo com Jobson Farias, surgiu em função da revolta da categoria, que, a cada dia, percebe que seus direitos adquiridos (mediante força de lei) estão sendo negados pelos gestores da saúde (estaduais e municipais), bem diante dos olhos de dirigentes sindicais sem representatividade.
“O movimento se estende por toda a Paraíba, pois queremos mostrar à sociedade que temos direitos, precisamos ser valorizados e merecemos respeito”, destacou Jobson Farias. Ele disse que é um desrespeito e uma afronta à categoria o governo estadual pagar R$ 40,00 de insalubridade, por exemplo.
Descumprimento de PCCR
Ele afirmou que o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) é descumprido também pela Prefeitura de João Pessoa, “que paga menos de um salário mínimo de salário base, o que é ilegal”.
Conforme Jobson, o grau de insatisfação da categoria com a atual diretoria do Sindsaúde atinge 100% dos sindicalizados. Segundo ele, o movimento agrega todos os profissionais da saúde: do médico ao servente.  E denunciou ainda que os integrantes da nova geração de profissionais nunca foram recebidos como servidores e, sequer, têm seus pedidos de filiações atendidos.
 “As filiações são negadas aos concursados e nosso grau de insatisfação é enorme. Acreditamos que seja medo da presidente atual, que se mostra pelega e teme novos rumos para o sindicato pela nova geração de profissionais”, reforçou Jobson Farias.

Fonte: http://www.candidonobrega.com.br/

Segunda maior categoria do Brasil, enfermagem busca valorização

Profissionais lutam pela valorização na área de enfermagem

Profissionais lutam pela valorização na área de enfermagem

Reprodução/Facebook
Neste mês de maio, em que se comemora o Dia da Enfermagem, representantes da categoria intensificaram o trabalho de conscientização da população a respeito desta função. A data é celebrada no dia 12 em razão de ser o dia em que nasceu a pioneria da enfermagem, a britânica Florence Nightingale, em 1820.
A enfermagem, que, além dos enfermeiros, engloba os técnicos e auxiliares, é a segunda categoria com maior número de profissionais no Brasil, chegando a 1,6 milhão segundo pesquisa da Fiocruz e do Conselho Nacional de Enfermagem (Cofen). Está atrás apenas da profissão de metalúrgico.
Segundo a conselheira Vera Lucia Francisco, do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (CorenSP), a função deveria ser mais valorizada no Brasil. 
— A enfermagem é que cuida do paciente por 24 horas. Sem a enfermagem é impossível. A enfermagem vai dar os cuidados para o paciente, se não tiver a gente, a prescrição vai ficar no prontuário do paciente, será só uma medicação no papel. Sem enfermagem não tem como fazer saúde.
Ela ressalta ainda que, em qualquer tipo de hospital ou pronto-socorro, seja ele público ou privado, em geral, é o profissional de enfermagem o primeiro a receber o paciente.
—O enfermeiro está na porta de todo atendimento e vai estar sempre presente a partir da entrada do paciente.
Vera observa que este profissional está exposto a riscos que muitas vezes passam despercebidos. O número de agressões de pacientes e familiares na área de enfermagem é alto, segundo a conselheira. A pesquisa Fiocruz/Cofen, denominada Perfil da Enfermagem no Brasil, verificou que menos da metade se sente bem tratada pelo usuário.
—Quando o médico está ocupado e não pode atender, é o profissional da enfermagem que se expõe, muitas vezes em um momento de tensão. Neste caso, é ele a levar o primeiro tapa.
Por estar submetido a riscos e pela importância da profissão, a conselheira tem apoiado a implementação de uma jornada de 30 horas de trabalho e a criação de um piso para a categoria.
— Neste momento, a remuneração varia de acordo com o hospital. É importante que seja criado um piso.
A pesquisadora Maria Helena Machado, da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), que coordenou o levantamento, relatou, em balanço divulgado pela Fiocruz, que o profissional da área é submetido a um estresse prejudicial.
— Há um sentimento de invisibilidade, desgaste, estresse. Apenas 29% dos profissionais têm algum tipo de proteção no ambiente de trabalho contra a violência. É uma queixa forte e presente na fala deles.
 A má remuneração de muitos profissionais também preocupa, segundo observou a pesquisadora. Em torno de 27 mil (1,8% do total na área de enfermagem) recebem menos de um salário mínimo por mês.
— Os quatro grandes setores de empregabilidade da enfermagem (público, privado, filantrópico e ensino) apresentam subsalários. O privado (21,4%) e o filantrópico (21,5%) são os que mais praticam salários com valores de até R$ 1.000. Em ambos, os vencimentos de mais da metade do contingente lá empregado não passa de R$ 2 mil.
A profissão de enfermeiro requer curso superior e é praticada por cerca de 20% dos profissionais da área. Os técnicos e auxiliares representam em torno de 80% do setor. Para o curso de técnico é necessário o Ensino Médio e o de auxiliar necessita ser realizado por aluno que completou o Ensino Fundamental.